Centro Clínico Vila Rica

Recomendações para passageiros em vôos aéreos

Divulgadas no Jornal de Medicina do CFM algumas recomendações para passageiros de vôos aéreos, segundo sua saúde.

As orientações foram baseadas na cartilha Doutor, posso voar?,preparada pela Liga de Medicina Espacial da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Principais orientações:

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:

Viagens aéreas são contraindicadas para passageiros e tripulantes com infecções ativas (pneumonia e sinusite) porque essas doenças podem alterar

as respostas fisiológicas humanas habituais ao voo.

Passageiros e tripulantes com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem embarcar, pois pode ocorrer agravamento dos

sintomas, complicações durante e depois do voo, além do risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.

Quadros graves, instáveis ou de hospitalização recente de asma brônquica (doença respiratória mais comum entre os viajantes) também são incapacitantes

para o voo.

Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que pode descompensar os sintomas

da doença durante o voo. Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada antes de embarcarem para que seja determinado se

há necessidade de suporte de oxigênio por ocasião do deslocamento.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

Os pacientes e tripulantes acometidos de complicações cardiovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e

recuperação. De acordo com as orientações da Sociedade de Medicina Aeroespacial, os prazos a serem observados são os seguintes (recomenda-se que

o paciente seja avaliado por seu médico assistente antes de embarcar, pois os mesmos podem ser ampliados ou reduzidos, de acordo com o caso):

• Infarto não complicado: aguardar duas a três semanas.

• Infarto complicado: aguardar seis semanas.

• Angina instável: não deve voar.

• Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar.

• Insuficiência cardíaca moderada: verificar com o médico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.

• Revascularização cardíaca: aguardar duas semanas.

• Taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada: não voar.

• Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contraindicações.

Nos casos de Acidente Vascular Cerebral, deve-se levar em consideração o estado geral do passageiro e a extensão da doença. Recomenda-se observar

os prazos de recuperação abaixo antes do embarque:

• AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.

• AVC em progressão: aguardar 7 dias.

• AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias.

• AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.

PÓS-OPERATÓRIO E PACIENTES EM RECUPERAÇÃO:

Pós-Operatório torácico:

• Casos de pneumectomia (retirada do pulmão) ou lobectomia pulmonar recente (retirada parcial do pulmão): recomenda-se uma avaliação médica

pré-voo, com determinação da normalidade da função respiratória, principalmente no que diz respeito à oxigenação arterial.

• Casos de pneumotórax: é uma contraindicação absoluta. Deve-se esperar de duas a três semanas após drenagem de tórax e confirmar a remissão

pelos Raios-X.

Pós-Operatório neurocirúrgico:

Após trauma crânioencefálico ou qualquer procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer aumento da pressão intracraniana durante o voo. Aguardar o

tempo necessário até a confirmação da melhora do referido quadro compressivo por tomografia de crânio.

Atividade física para idosos

Buscando melhorar a qualidade de vida  dos idosos,  o convívio com a família e/ou amigos, as atividades sociais ,o exame de rotina no clínico geral, o cuidado com a saúde bucal e a atividade física são pontos essenciais.

A  atividade física melhora a força, o equilíbrio, a coordenação, a flexibilidade, a resistência, a saúde mental, o controle motor e a função cognitiva, diminuindo o risco de quedas e aumentando a independencia.

As caminhadas e sessões organizadas de exercício físico, adequadas a cada idoso, permitem o convívio social, reduzindo sentimentos de solidão ou de exclusão social.

As consequências da falta de atividade física são vulnerabilidade cardiovascular, fragilidade muscular e esquelética, obesidade, depressão e  envelhecimento prematuro.

A intensidade do exercício  é determinada pelo seu estado de saúde, condição física e compreensão da necessidade de levar adiante um consistente programa de exercícios, de forma sustentada e regular. Os especialistas concordam que se deve fazer exercício,pelo menos, durante aproximadamente 30 minutos por dia,três vezes por semana e em dias alternados. (Algumas pesquisas  sugerem que pode ser repartido e feito em intervalos ao longo do dia).

Cada sessão deve incluir um período de aquecimento, 20 minutos  de desempenho e terminar com um período de desaceleração de 10 minutos.

Aquecimento: Esse período deve durar de 5 a 10 minutos. Comece a esticar suavemente os músculos, respire fundo e faça movimentos ligeiros com os braços. Gradualmente, comece a caminhar, a oscilar e a fazer flexões em todo o corpo. Passado pouco tempo, começa a transpirar, o que indica que o corpo está pronto para o esforço. Comece, então, a fazer imediatamente o exercício, de maneira aaproveitar as vantagens do aquecimento. Continue por 20minutos.

Os doze exercícios de aquecimento diários:

Pode fazer estes exercícios de pé ou sentado, conforme sua condição física.

1. Exercício respiratório:Sentado ou de pé, inspire fundo pelo nariz, expirando em seguida pela boca, de maneira suave. Levante os ombros e inspire. Expire, à medida que volta a pôr os ombros na posição inicial (5 vezes cada).

2. Círculos com os braços:Descreva, devagar, pequenos círculos com os braços,primeiro no sentido dos ponteiros dos relógios em seguida, ao contrário (até 5 vezes em cada sentido).

3. Rotação dos ombros:Faça movimentos rotativos, com um ombro de cada vez,no sentido dos ponteiros do relógio e, depois, ao contrário(5 vezes em cada sentido); depois, repita, desta vez com os dois ombros, simultaneamente (5 vezes).

4. Movimentos da cabeça:Devagar, volte a cabeça para a esquerda; depois, para o centro e, finalmente, para a direita (5 vezes).

5. Levantar os joelhos: Deitado, levante um joelho em direção ao peito, fazendo,em seguida, o mesmo com o outro (5 vezes cada perna).De pé, levante um joelho em direção ao peito, e volte à posição inicial. Repita com outra perna (5 vezes cada).Sentado: leve cada joelho 5 vezes em direção ao peito. Repita com os 2 joelhos.

(1 – Adaptado de Hurley O. Safe Therapeutic Exercise for the Frail Elderly: An Introduction, (Introdução aoexercício terapêutico seguro para idosos debilitados ) – 1988.28 Guias para as pessoas idosas, n.º 9EXERCÍCIO SEM RISCOS PARA LÁ DOS SESSENTA)

6. Esticar os ombros:Levante o ombro esquerdo em direcção ao ouvidoesquerdo. Em seguida, baixe o ombro esquerdo, de modoa esticá-lo. Repita do lado direito. Acto contínuo, levante os 2 ombros ao mesmo tempo. Estique para cima e, em seguida, para baixo (5 vezes cada).

7. Levantar os calcanhares:De pé, erga-se e abaixe-se com as pontas dos pés (5 vezes). Sentado, levante e baixe os calcanhares (5 vezes).

8. Girar o tronco: De pé ou sentado, com as mãos na nuca, faça o tronco rodar de um lado para o outro (5 vezes).

9. Movimentos laterais dos braços: Comece com os braços caídos, junto ao tronco.Estique os braços para os lados e, depois, para cima(5 vezes).

10. Movimentos verticais dos braços: Com os braços caídos junto ao tronco, estique-os para a frente e para cima. Volte, lentamente, à posição inicial(5 vezes).

11. Flexões laterais:Com ambas as mãos na nuca, incline, devagar e suavemente, o tronco para a esquerda. Regresse àposição inicial. Repita para a direita (5 vezes para cadalado).

12. Levar a mão ao joelho:De pé ou sentado, tente tocar com a mão direita abaixo do joelho esquerdo e, depois, com a mão esquerda abaixodo joelho direito (5 vezes em cada lado).

13. Esticar-se como um gato:

(Não se pode fazer sentado! Para pessoas em boa forma,que possam pôr-se de joelhos no chão). Movimente as costas para cima, de maneira a descreverem um arco, e abaixe a cabeça. Depois, faça o movimento ao contrário ,inverta o arco, puxando a barriga para baixo e a cabeça para cima, de maneira a descrever um “u” com a coluna(5 vezes).Ou então:

14. Esticar as costas: (Pode ser feito sentado ou de pé). Ponha as mãos nos joelhos para se equilibrar. Encolha o abdomen e incline-se para a frente, devagar, num movimento ondulante a partir da base da coluna, à medida que se concentra em cadavértebra. Dobre a cabeça em direção aos joelhos. Mantenha-se assim contando até três. Lentamente, regresse à posição normal. Relaxe. Repita 3 vezes e, aseguir, descanse.

(1 – Adaptado de Hurley O. Safe Therapeutic Exercise for the Frail Elderly: An Introduction, (Introdução aoexercício terapêutico seguro para idosos debilitados ) – 1988.28 Guias para as pessoas idosas, n.º 9EXERCÍCIO SEM RISCOS PARA LÁ DOS SESSENTA)

As caminhadas melhoram a atitude mental e a autoconfiança,desenvolvem a tonicidade e a massa muscular, melhoram a circulação e o equilíbrio e podem ajudar a reduzir espasmos e contrações dos músculos das costas e das pernas.

Especialistas afirmam que mesmo os idosos em condições débeis, com problemas físicos que dificultam a deslocação a pé, podem caminhar. Esses problemas físicos compreendem o enfisema, as dificuldades respiratórias, a visão deficiente, os problemas de equilíbrio, os músculos das pernas fracos, as dores e os edemas nos pés, o estado de fraqueza resultante de acidentes cardiovasculares e de outras doenças cronicas. As pessoas com doença pulmonar crónica podem aprender técnicas para aumentar a capacidade pulmonar. Muitas pessoas que sofrem de acidentes cardiovasculares, de artrite ou de outro tipo de incapacidade podem ser apoiadas e podem também aprender a caminhar em segurança, utilizando apoios e bengalas.